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ALCÂNTARA – a primeira capital do Maranhão.
A visita a Alcântara foi realizada em fevereiro de 2016, como parte de uma viagem que contemplou São Luís, Barreirinhas e Lençóis Maranhenses, no Maranhão e o Delta do Paranaíba, na Paraíba/PI.
Na minha perspectiva de viagem, não dá para ir a São Luís sem reservar pelo menos um dia para conhecer Alcântara, que não é uma ilha como muitos pensam. Em face aos horários apertados de transporte, não dá para se conhecer todos os pontos turísticos num só dia, se puder ficar mais, existem algumas pousadinhas na cidade.
Alcântara é uma cidadezinha da primeira metade do século XVII, por toda a sua riqueza histórica e arquitetónica foi tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN, em 1948. É repleta de ruínas, igrejas antigas e casarões, ainda do tempo dos Senhores Coronéis, plantadores de cana-de-açúcar e algodao, da escravidão dos negros. Muita história, prédios antigos com azulejos portugueses e a Festa do Divino Espírito Santo, 40 dias depois da Páscoa, em maio, ápice no dia de Pentecostes, com procissões, missas, desfiles, música e muito movimento. Durante as festas, as casas ficam abertas oferecendo comida gratuitamente, inclusive o doce-de-espécie, típico da cidade e que eu amo. Feito de uma base, com farinha de trigo, em cima, um doce de côco, açúcar queimado e cravo, faz uma combinação deliciosa. Se gostar de côco, sugiro não deixar de comprar, bandejas com dez unidades (R$ 10,00), comprei duas e me arrependi por não ter trazido mais. Ah, deixe na geladeira pois como tem côco, estraga fácil, especialmente no calorão da região.
Há uns 20 anos, eu fui a São Luís, a trabalho e soube que era época a festa do Divino, então aproveitei o fim de semana para um bate volta em Alcântara e pude testemunhar a beleza da cidade, todinha decorada, muita gente pela rua e, me surpreendi com as casas realmente abertas e distribuindo de graça esse maravilhoso doce, foi amor à primeira vista, pena que não tenho fotos da época para mostrar a cidade em festa.
Em agosto, de 24 a 27, acontece outra grande comemoração, a Festa de São Benedito, com procissões, missas apresentações da música típica do Maranhão, tambor-de-crioula, um batuque de tambores, acompanhado por mulheres dançantes, com saias bem rodadas, que no movimento da dança, relam os músicos, provocando namoros e casamentos. Essa manifestação cultural maranhense foi definida recentemente, pelo Ministério da Cultura, como Patrimônio Imaterial da cultura brasileira.
COMO CHEGAR
Não é muito fácil organizar a ida, mas vale qualquer sacrifício, eu garanto.
Você pode chegar por terra, mas são mais de 400 km, sete horas de viagem, assim, a melhor forma é por mar, só 22 km e no máximo uma hora e meia. Os horários de saída dos barcos dependem da maré, geralmente partem entre 7:00 e 7:30h da manhã, mas podem sair às 10h, então é preciso fazer contato com antecedência para conseguir organizar-se, além do mais, não tem como comprar passagem antecipada.
Você pode fazer o passeio de 3 formas:
1 – por meio de agências turísticas como a Sotaque, indicada pelo hotel, em São Luís, que fazem o percurso com Catamarã, sem cobertura, então recomendam que vá com roupa que possa molhar e com proteção para o sol, que sempre é muito, mais muito mesmo, quente. O pacote inclui um guia que mostra os pontos históricos da cidade, dando detalhes das construções, contos e desencontros. O preço por pessoa é de R$ 120,00, incluindo o transfer, busca o cliente no hotel e deixa no hotel.
2 – Por barqueiros particulares, como o Sr. Pereira, (98) 99111-2657, 9984 2198, que fazem o percurso também com Catamarã, mas numa embarcação com cobertura e uma parte interna, assim, se não quiser pegar sol de maneira alguma, tem como se proteger. O ponto de encontro pode ser tanto no Cais da Praia Grande, no Centro Histórico, como na Praia Ponta de Areia. O preço é R$ 15,00 por trecho, por pessoa. Alguns outros serviços de Catamarã: (98) 98430 8357; 98446 2029.
3 – Pelo transporte oficial, empresa Luzitana, vende passagens no Cais da Praia Grande. O transporte é feito num barco grande, com assentos, tem televisão e o tempo de percurso parece um pouquinho mais curto, fizemos o retorno em 1:10h. A passagem é R$ 15,00 por trecho, por pessoa. Ou ainda, pelo Iate Barraqueiro, também com um barco grande e mais rápido (98) 99119 5288; 99194 1436; 98736 0822; 99102 2371; 99160 2324.
Na véspera do passeio ligamos para o Sr. Pereira, que sairia da Ponta da Areia as 7:30h e regressaria as 13h, na agência turística que faria o percurso no mesmo horário e fomos até o Cais da Praia Grande, por volta das 15h e já estava fechada, sem ninguém para dar informação. Afixado no guichê estavam os horários da barca, para o dia seguinte, sairia de São Luís as 10h e voltaria as 13:45h. Decidimos então ir com Sr. Pereira, de Catamarã e voltar com a barca oficial, pois teríamos mais um tempinho para almoçar e conheceríamos os dois meios de transporte.
Uma das questões dessa travessia são as ondas, pois a navegação ocorre em mar aberto, portanto muitas pessoas passam mal, a agência turística, inclusive recomenda que o turista tome uns quarenta minutos antes, um remédio contra enjôo. No entanto, na ida, no Catamarã achei muito tranquilo e não vi ninguém vomitando. Falando com o barqueiro, soube que em fevereiro os ventos são mais fracos e as ondas possuem meio metro a um metro, já no mês de agosto, por exemplo, as ondas chegam a quatro metros de altura, daí o cenário é outro.
Vou deixar minha opinião, pois tentei saber isso é não consegui descobrir, assim, vai o aprendizado da prática: se não houver muito vento e as ondas estiverem pequenas, o Catamarã será uma ótima opção, é mais aberto, seu contato é maior com o mar e a paisagem, mas se for um período de ondas grandes, acredito que o barco oficial, bem maior, será mais tranquilo, mesmo com a limitação do local para admirar a paisagem.
O QUE FAZER
Chegando à cidade de Alcântara, no Porto do Jacaré, você encontra guias locais que oferecem seus serviços (R$ 20,00 por pessoa), geralmente organizam grupos de dez visitantes. É possível customizar para pessoas com alguma dificuldade de locomoção, incluindo o serviço de um carro. Converse com o guia que ele organiza.
Eu fiz o passeio com o Sr. Ysidio, guia de São Luís, que tanto oferece serviços para a visitação do Centro Histórico, na capital (R$ 25,00 por pessoa, sem limitação de horário), como em Alcântara (R$ 15,00 por pessoa) e gostei muito, recomendo. O Sr. Ysidio de Souza Bisneto, mais conhecido como “Índio” não tem somente o nome peculiar, mas é uma figura singular, é dotado do dom de fotografar de forma inusitada e encanta os turistas com suas sugestões de poses e fotos. Para contatá-lo (98) 98866 6259, ysidiodesousa@hotmail.com
De longe, ainda do barco, você avista a cidade de Alcântara, com destaque para a Igreja do Carmo, as ruínas da Igreja de São Mathias e parte da Vila.
Chegando ao Porto do Jacaré, você encontra um trapiche charmoso, iluminado com pequenos postes e lanternas. Bem em frente, está o Terminal Hidroviário onde você pode confirmar o horário do retorno do barco, comprar sua passagem e inserir seu nome numa lista de passageiros.
Contíguo à esse cômodo encontrará um local com venda do artesanato local, vendendo também um mapa da cidade com todos os pontos turísticos desenhados à mão. A produção desse mapa, foi um projeto do IPHAN, que financiou estudantes para a confecção desse produto histórico e turístico, vale a pena comprar, você encontra um boa informação do local e custa R$ 7,00.
Saindo do Porto, bem ao lado da loja de artesanato, suba pela Ladeira ou Calçada do Jacaré, preste atenção na pavimentação de pedras coloniais, compondo desenho com partes escuras e claras, simbolizando os brancos e negros, formando como que as escamas de um jacaré, razão do nome da avenida. Dizem que essa rua foi construída para receber Don Pedro II que iria visitar a cidade, o que nunca aconteceu. A parte da baixo, portuária, era a região dos proletários e a parte depois do alto da ladeira, dos nobres.
Vá observando as casinhas antigas, coloridas e algumas ruínas. Preste atenção numa casa à esquerda, com um tipo de sótão, conta o guia que essa casa, de classe média, única ainda na cidade, tem um mirante que tanto servia para observar o Porto como para colocar os visitantes em quarentena até que tivessem certeza que não podiam transmitir doenças. Também tem suas paredes feitas de telha para que não ocorra infiltração e sim deslizamento da água de chuva.
Bem no alto da ladeira, à direita, verá uma pracinha onde está a Capela de Nossa Senhora das Mercês, rodeada de banquinhos que chama você para dar uma sentadinha, até porque o calor é enorme, mas não dá tempo não, tem muita coisa para ver, rsrs. Essa capela foi construída no século XX, no local onde em 1659, foi fundado o Convento da Ordem dos Mercedários que em ruínas foi substituído por um Mercado Público. Hoje a lembrança do convento é concretizada por essa nova capela.
Logo à frente, viramos à direita e no final da rua encontramos a bela Capela de Nossa Senhora do Desterro, ladeada por dois antigos sinos, construída na primeira metade do século XVIII. Conta a lenda que você deve badalar por três vezes o sino e fazer um pedido, que será, assim, atendido, rsrsrs. Esse local é muito lindo, está na beira do morro, permitindo uma vista para a bela Ilha do Livramento, que embora seu grande tamanho, só tem dois moradores, um deles é uma senhora que tem autorização da Marinha para lá residir, face a seu projeto de pesquisa sobre plantas medicinais. É também aí, próximo à igreja, que está o Restaurante Cantaria.
Retornando à rua principal é entrando pela Rua das Mercês, chegará à Praça da Matriz, onde está o prédio da antiga Cadeia, hoje a Prefeitura e na sua frente o monumento mais simbólico da cidade, as Ruínas da Igreja de São Mathias, de 1622. Observe neste local, ainda o Pelourinho, feito em pedra de Lioz ou Cantaria, construído no século XVII, simbolizando o poder do governo, tendo, em relevo, as armas da coroa portuguesa; também em frente à igreja, está uma árvore muito dramática e, aos fundos das ruínas, no chão, uma pedra grande, única lembrança restante do Altar da igreja.
Depois de muitas e muitas fotos, saímos pelo lado da igreja, na Rua Grande e viramos na primeira à direita. Passamos pelas ruínas do Palácio Negro, do século XIX, de propriedade do Brigadeiro José Theodoro de Azevedo Coutinho – Barão de Mearim. Sua filha se apaixonou por um negro e sendo seu romance proibido, fugiu com seu amado, ajudada por sua escrava mãe Kalu. Capturada, foi levada ao pai que a deserdou e a expulsou de casa, juntamente com a escrava a quem furou olhos e serrou os dentes, mas mesmo assim, a escrava morreu com 105 anos. O Brigadeiro mandou colocar cortinas negras em toda a casa, pela “morte” de sua filha, razão do nome do casarão. Conta ainda que no seu leito de morte o pai mandou chamar a filha e lhe devolveu a herança, mas a filha não quiz receber.
Seguindo em frente, nessa mesma rua, alcança-se a antiga rua da Bela Vista, era onde as famílias mais ricas moravam e quando se transferiam para São Luís, abandonaram seus casarões que se transformaram em ruínas. Passou a ser chamada de Rua da Amargura porque era a rua que levava ao antigo Porto das Barcas e aí, as mães levavam seus filhos que iam estudar fora, deixando seus corações amargurados de saudades.
Nessa mesma rua, note duas coisas, uma ruína que tem uma formação que lembra os Moás da Ilha de Páscoa e, mais abaixo, uma pequena capelinha que chama-se Passos da Paixão, construída pelos Jesuítas, no século XVII, representando as fases da Paixão de Cristo.
Retornamos à Rua Grande, onde vimos um casarão com a frente de azulejos portugueses, hoje de propriedade de um senhor austríaco, simpático e muito falante, que estudou engenharia de Petróleo, na cidade de Praga. Veio ao Brasil à trabalho, onde participou de vários projetos, considerando que o país tem excelente equipe de profissionais, aposentou-se e decidiu morar em Alcântara, disse que ele fala só três línguas, alemão, russo e algum outro que me esqueci, mas a esposa dele fala seis idiomas. Que facilidade heimmm.
Nessa mesma rua, mais abaixo, está a Casa do Divino Espírito Santo, onde ficam o Imperador e a Imperatriz e, daí partem para a procissão na festa do Divino e onde está a exposição das peças e relíquias da festa que ocorre quarenta dias após a Páscoa e quando toda a cidade é decorada para a comemoração e as casas são abertas, oferecendo comida e doces, gratuitamente para os passantes. Veja que esse é mais um casarão de azulejos portugueses.
Daí, seguimos para mais dois ícones da cidade, localizamos de frente à igreja do Carmo e na esquina da Rua Grande. Conta-se que Don Pedro II prometeu que visitaria Alcântara, assim, dois Senhores ricos da cidade, Barão de Mearim e Barão de Pindaré-Mirim, um do partido liberal e outro do conservador, iniciaram a construção, cada qual de um palácio, concorrendo entre si para receberem o Imperador, uma vez que quem o hospedasse receberia um título de nobreza. No entanto, a rivalidade foi tamanha que um contratou a morte do outro e ambos acabaram mortos, o que levou ao Imperador desistir de visitar a cidade, optando por Petrópolis. Com isso, nenhum dos Palácios do Imperador foram concluídos e hoje restam somente as ruínas de pedra, portais e sacada de pedra Lioz, demonstrando a ostentação que ambos buscavam mostrar, imagino que se as construções tivessem sido terminadas seriam realmente lindas e ricas.
Em frente à essas ruínas está a bela Igreja Nossa Senhora do Carmo, que teve sua construção iniciada em 1691. Seu interior é no estilo barroco, com decoração em azulejos amarelos e peças muito bonitas, construído no início do século XVIII. Com um ingresso de R$ 2,00 é possível visitar o interior da igreja que destaca-se pelo Altar-mor que é revestido de ouro. Não deixe de subir as belas escadas em madeira, de cima você terá uma visão ampla do interior da igreja e dos casarios e ruínas à volta da igreja, muito interessante. Veja ainda, no térreo, ao final do corredor uma pia antiga, que conforme conta a senhora que cuida da entrada, foi localizada por uma arquiteta de São Luís, num restaurante do Rio de Janeiro, conseguindo que fosse devolvida ao seu local original. Nessa igreja existem placas indicativas dos restos mortais de famílias importantes da cidade, da época áurea como a família Guimarães.
Ao lado da Igreja de Carmo estão as ruínas do Convento das Carmelitas, que por falta de pagar os impostos, acabou abandonado.
Seguimos então pela Rua Direita até a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, com um galo no alto, símbolo de Portugal, construída pelos negros em 1759 para a celebração das missas pois não podiam frequentar as igreja dos brancos. A missa dos negros indicava depois e terminava antes da dos brancos, pois tinham a obrigação de levar e buscar os senhores na missa. Perceba que a igreja só tem uma torre, pois se com duas torres teriam que pagar impostos e como não tinham recursos financeiros, limitaram a uma torre.
Fomos recebidos pelo Sr. João Batista Pinheiro Campos que dando continuidade ao trabalho de sua mãe, cuida da igreja e conta sua história, fala de cada santo, em especial sobre o São Benedito que pegava as sobras de comida e distribuía, às escondidas, para os negros. Um dia foi delatado e quando questionado sobre o que carregava em sua sacola, disse que eram flores. Quando abriram a sacola, estava cheia de flores, considerando-se seu primeiro milagre. Mas não foi somente os ensinamentos sobre a igreja que o Sr. João nos deu, brindou-nós também, ajudado pelo guia, com uma amostra do ritmo típico maranhamse, vindo dos negros, o Tambor-de-crioula .
Por último, fomos visitar o Centro de Cultura Aeroespacial. Esse espaço fica há quilômetros do local onde as equipes técnicas trabalham e também da Base de Lançamento, mas tem por objetivo mostrar à população o que o país tem feito na área.
Alcãntara foi escolhida para sede da Base de Lançamentos por conta de sua posição geográfica, fica a dois graus do Equador, o que reduz o trecho de percurso no lançamento, levando a uma economia de 30% de combustível. Parece pouco, mas quando o militar que nos orientou, explicou que um foguete tem 70% de combustível, fica simples entender o valor do local. Isso possibilita alugar a base, também para outros países.
Com mais de mil pessoas envolvidas a Base já fez três lançamentos de foguetes exclusivamente brasileiros que visavam enviar satélites de monitoramento climático e desmatamento, no entanto, nenhum foi bem sucedido. Por outro lado, o Brasil já possui vários satélites em órbita, mas lançados de outras bases pelo mundo, por meio de parcerias, como por exemplo, na China, realizado por profissionais brasileiros. Isso significa que o país tem tecnologia e conhecimento, o que falta é investimento suficiente para, com sua própria estrutura, ser autônomo. Só para uma simples comparação, os EUA investem anualmente 64 bilhões de dólares por ano e o Brasil 180 milhões de reais por ano. Fica até ridículo né!!!!
Lembramos também do acidente ocorrido em 2003 muito próximo a ser feito um lançamento de um foguete, causando explosão do combustível, que por ser sólido, foi de dimensão bem menor. Mesmo assim, matou 26 profissionais, inclusive muitos cientistas, grande perda para o país. Esse acidente levou a base a modernizar seu sistema de funciona,neto e segurança, substituindo máquinas rudimentares de controle, que obrigava um grupo bem maior de pessoas ficarem envolvias, hoje, às muitas máquinas, foram substituídas por um único computador que controla todo o processo de uma longa distância, reduzindo os riscos.
Além das fotos e maquetes dos foguetes, você poderá ver um deles, em seu tamanho, real, cerca de 10 metros. Gostei muito da experiência.
Ainda conhecemos um cantinho de uma rua com uma concentração de trevo de quatro folhas, coisa rara ali era encontra trevo de três folhas, aliás, não vi nenhum, para os supersticiosos, esse é o point, kkk
ONDE COMER
Restaurante Cantaria, peguei a dica com a Silvia, blogueira do matraqueando . Reservamos o prato quando passamos pela Capela de Nossa Senhora do Desterro, para que após o passeio pelos pontos históricos, retornássemos ao restaurante já com o prato pronto. Funcionou muito bem, dando tempo suficiente para almoçarmos e até descansarmos um pouquinho. Como opto por não comer frituras, decidimos pela Peixada ao molho de camarão, acompanhado por três tipos de arroz: branco, vermelho e verde, esse de cuxá, arroz típico do Maranhão, de origem indígena, feito com uma planta chamada vinagreira. De verdade, a comida é razoável, nadinha de mais, o que vale mesmo é o lugar onde fará a refeição, adorei. Não vou falar nem mostrar aqui, para que você também se surpreenda como eu.
Restaurante Bela Vista, de frente para o rio, criando um ambiente bem legal para a refeição.
PRAIAS
Praia da Baronesa, foi tomada totalmente pelo mangue e não é mais possível visitar.
Praia de Itatinga, como fica do outro lado do mangue, em frente à Pousada dos Guarás é preciso contratar um barquinho para atravessar o mangue e poder desfrutar da praia.
Depois de nosso almoço ainda tivemos um tempinho para descanso, descemos de volta para o Porto e enquanto aguardávamos a saída do barco tomamos um côco gelado e finalmente experimentamos o famoso guaraná Jesus, fórmula de um farmacêutico maranhense, vendida à coca-cola.
Gostei demais do bate volta, claro que não deu tempo para conhecer todos os pontos históricos e muito menos conhecer todas as histórias, mas aprendi muito, vi paisagens lindas, casarões históricos com azulejos portugueses e ruínas, tudo muito interessante. E aí, você náo acha que é imprescindível conhecer Alcântara?
CASARÕES DE ALCÂNTARA
Fotos: Francisco Tavares; Sylvia Yano