Sabe aquela teoria do ócio criativo? Aqui a vida é isto – ócio!!! O criativo fica por sua conta!
COMO CHEGAR: saindo de Papeete, o acesso à Moorea é um passeio de 40 minutos de barco, admirando as belezas da região. Para saber como chegar a Papeete, veja o post Taiti/Papeete rumo à Ilha da Fantasia
ONDE FICAR: uma das atrações da Polinésia são os hotéis com seus maravilhosos e românticos bangalôs. Hospedamo-nos no Hilton Moorea Lagoon Spa, bangalô 105 – Parai (que significa tchau), completamente sobre as águas. De um lado as montanhas muito verdes e altas e vários veleiros ancorados na baia. Do outro, a praia, seus coqueiros e árvores frondosas debruçando-se sobre as areias. À nossa frente, o mar, exatamente onde o sol se põe. Pode imaginar o que é ver o entardecer todas as tardes e cada vez de uma forma diferente, tonalidades de vermelho, laranja, amarelo até o escurecer. Para os amantes e admiradores da natureza, um show!!!
Os hotéis são bem dispendiosos, mas existe outra forma de visitar Moorea, com menos glamur, mas bem econômica. Alugue um Lodge, pequenos bangalôs para 3 (12.500 CFP por noite) e 6 pessoas (21.500 CFP por noite) e se ficar de 3 a 5 noites, ganha uma noite gratuita e ainda com direito à uma excursão à lagoa, tapulodge@mail.pf, http://www.tapulodge.com.
O QUE FAZER: as atividades diárias deste ócio concentram-se em bronzear-se sobre o sol de 27 graus do inverno de agosto, visitado por uma brisa que faz o calor ficar muito mais ameno; descer do bangalô direto no mar e fazer snorkling – peixes de todos as cores e tipos, pequeninos, médios e grandes, de vez em quando um polvo, e todas as noites 5 a 7 tubaroeszinhos de mais ou menos um metro rondando os bangalôs vão lhe surpreender; passeios de pedalinhos; stand up paddle (SUP), caiaques, passeios de barco. E assim devagarinho o dia vai passando sem nenhuma pressa – incrível como o ócio rende….
Diariamente, você toma seu café da manhã embalado pela música polinésia, cantada e tocada, ao vivo, por seus nativos. Pelo menos uma vez por semana, o jantar, no restaurante principal, é também acompanhado de shows típicos, muita música e dança para sua diversão.
Como o nome do hotel já diz, o Hilton tem um SPA, e claro para descansar de tantas atividades…. você não pode deixar de fazer uma boa massagem Polinésia. O SPA oferece para o casal, uma sessão de 1h30 com massagem e esfoliação com papaya ou vanila, por 29 000 CFP (mais ou menos 245 euros), tá vendo, estes papetinhos são terríveis de caros, mas eu recomendo, vale cada eurinho!
Para sair da “rotina” um passeio pela ilha de quadriciclo (ATV) custa 15.700 francos polinésios para dois, algo em torno de 144 euros. Foram 62 km guiados por um nativo. Dirigindo por estrada, ora de barro, ora calçada e ora asfaltada. No ponto mais alto da ilha permite ver de mais perto a Magic Montain, 1.100 metros acima do nível do mar, também chamada de Hole Montain por ter um buraco bem no topo que forma o olho de um rosto olhando para o céu.
Passamos em enormes plantações de abacaxi que aliás, conforme o guia, originalmente, a muda do abacaxi, foi levada do Brasil. Na ilha somente a banana e mamão papaia são nativos, todas as demais frutas foram levadas de outros países. O mesmo se dá com as flores que são muitas, mas somente a Gardênia é original, razão de ser considerada um símbolo da região. Conhecemos também uma fábrica de geléias, e a famosa geléia de Gardênia, que realmente vale experimentar, maravilhosa. Tomamos um delicioso sorvete de gengibre, que no Brasil, só encontrei em Sao Sebastião/SP.
Visitamos as ruínas do Templo Polinésio, restando somente os muros e no interior antigas árvores milenares.
Este Templo era dedicado aos reis e príncipes. Originalmente os polinésios eram canibais e acreditavam que comendo o coração e o cérebro dos inimigos mortos, retiravam deles a força e a coragem. Assim, nas cerimônias religiosas, colocavam nos altares flores, frutas e os humanos mortos nas guerras entre as ilhas.
Contou-nos o guia que antigamente os polinésios acreditavam em vários deuses (sol, pedra, água, etc), mas com a chegada de Missionários ingleses, os costumes originais foram se transformando, passaram a monoteísta. Sob esta mesma influência britânica, outros hábitos foram alterados, deixaram de praticar as danças típicas, pois eram consideradas muito sensuais e também de fazer tatuagens, típicas do povo, por serem consideradas marcas do diabo. Hoje, aos poucos, o povo está recuperando a sua cultura original – exceto comer os inimigos, rsrsr.
No mais, é curtir, na praia ou no bangalô, o sol, o mar, os incríveis peixes e os inigualáveis pores do sol. Levante cedo um dia e vá ver o sol nascer de um dos românticos bancos que estão após os últimos bangalôs sobre a água, é emocionante! Ah! Não deixe de experimentar a TABU, cerveja polinésia, vale a pena conhecer.
DICAS:
– o acesso à internet é somente na recepção e no bar principal, assim se organize para as comunicações, lembrando que está há seis horas a menos que no Brasil;
– Bebidas no hotel sao muito caras, próximo aos hoteis não tem nenhum comércio, assim, antes de viajar para a ilha faça umas comprinhas e não fique sem graça, todos fazem isto.
– se quiser animar seu ócio, traga alguns filminhos em DVD (tem aparelho nos bangalôs e tem também aparelho para Ipod/Iphone para musica) pois televisão, além de canais restritos, quase tudo é em francês.
– para quem quiser casar ou renovar os votos, o hotel oferece uma cerimonia Polinésia tradicional, incluindo um jantar na praia.
Foram cinco dias maravilhosos, desfrutando deste paraíso que é Moorea. Vá você também!!!!
Fotos: Tavares de Assis